Fui sorteado para ir ao Big Data Week e pensei, nossa que sorte!!!
Era muito mais sorte do que eu poderia imaginar. O evento foi fantástico e vou discorrer aqui um pouco sobre os temas e palestras que mais me chamaram atenção! Todavia o melhor está no final, então não deixem de ler na íntegra.
Abrimos o primeiro dia de evento com o ALEXANDRE MONTORO falando como a Gerdau, uma das maiores empresas de aço do mundo, tem usado advanced analytics para otimizar sua cadeia de suprimento e a experiência do cliente.
A segunda palestra foi do DIÓGENES JUSTO da Dotz, que é um programa de benefícios desses que acumula pontos parecido com os programas de milhagens das cias aéreas, falando sobre o fato de os dados serem o novo petróleo. Como devemos lidar com ele e como as leis, principalmente LGPD, influenciam como vamos trabalhar os dados.
Ele ressaltou ainda que, diferente do petróleo, o dado pode ser reutilizado, mas que seu valor se perde conforme ele deixa de ser inédito.
Em seguida tivemos a magnífica apresentação de CRISTIANO KRUEL da Startse. Ele fez uma palestra um tanto provocadora quanto a utilização de AI e mesmo sua definição. Atualmente muitas empresas e profissionais afirmam trabalhar com AI, mas nem mesmo conseguem definí-la.
Ainda sobre o tema, fomos levados a refletir como as leis podem auxiliar ou atrapalhar o avanço da inteligência artificial e nos mostrou pelo menos 3 tipos de mindset.
1 – O pessimista => acha que a AI vai acabar com os empregos e destruir o mundo
2 – O cauteloso => Pensa que AI pode ser excelente, principalmente no auxílio de diagnósticos e decisões operacionais, mas que devemos ter cuidado para não criarmos materiais bélicos e outros artefatos que não são realmente bons para a humanidade.
3 – O Otimista => Este achar que AI trará um novo despertar da humanidade
Eu fico no time dos cautelosos e realmente acredito na afirmação do Kruel que em breve, decisões operacionais serão todas tomadas por AI
A BIANCA ZADROZNY da IBM nos trouxe a aplicação de AI, Machine e Deep Learning sobre o contexto de perfuração de poços de petróleo e como essas tecnologias têm auxiliado a IBM a trazer um melhor resultado para seus clientes.
ALEXANDRE MINATO do Santander nos trouxe uma palestra sobre liderança em meio a revolução da AI, mas não apenas isso. Ele mostrou como o Santander está se preparando para ser o banco mais moderno e avançado nas técnicas de AI.
A instituição está lançando o Gutemberg, uma plataforma para cientistas de dados poderem consumir e processar seus dados com algorítimos de ML, DL e AI. Toda plataforma está baseada em open source e a pretensão do banco é abrir o Gutemberg também.
A RUBIA COIMBRA da Cloudera nos troxe a visão da empresa sobre a adoção global de Big Data, de onde vieram, como estão e para onde estão indo! Ela também trouxe um tópico que seria a pirâmide de Maslow da Cloudera e sobre este tópico eu farei post a parte, pois achei muito interessante esta visão.
Interessante a afirmação dela de que o mundo é híbrido e que o produto Cloudera Data Plataform é a resposta da empresa às soluções em nuvem.
Tivemos um bate papo bacana e esclarecedor sobre LGPD com as seguintes feras:
WELLINGTON FRANHAM
GABRIEL HAYDUK
VIVIAN ÁVILA MORAES
EDUARDO HADERMECK
Para fechar o dia tivemos o NIELSEN RECHIA falando sobre como o AgiBank trabalhou e vem trabalhando para ser uma empresa totalmente orientada a dados. A cultura Data Driven está totalmente presente na instituição e ele mostrou o caminho para conseguir este incrível feito. Sua solução totalmente baseada em softwares open source corrobora com o que o Santander fez com o Gutemberg. Neste momento percebemos que há uma “briga boa” sobre qual será a instituição financeira mais Data Driven do Brasil.
No segundo dia começamos com o MARCOS TAKESHI mostrando como “manter o machado afiado”, ou seja, quais tecnologias são obrigatórias para qualquer data professional e/ou data citzen
Daí veio o SANDOR TUCAKOV CAETANO com uma explanação empolgante sobre como o iFood, com sua cultura de dados, trabalha para oferecer uma experiência cada vez melhor, tanto para clientes quanto para parceiros, sejam eles restaurantes, entregadores ou colaboradores. Eles têm a permissão de, segundo o próprio Sandor, “quebrar alguns canos”. Tudo em prol da melhoria contínua de seus algoritmos de AI que os ajudam a perseguir seu “sonho grande”!
Em seguida tivemos o prazer de ver “os meninos” da B2W RODOLFO RIBEIRO SILVA e BRUNO PIRAJA MOYLE, que têm uma maturidade tecnologica de dar inveja a qualquer um, dizendo como saíram de uma solução com Hadoop em casa para uma solução de multi-cloud e como isso foi importante para aperfeiçar o mecanismo de busca das lojas B2W.
MICHEL MINERBO falou sobre como algorítmos de classificação ajudaram seus clientes a aumentar as vendas e como o Alteryx auxiliou neste processo.
RICARDO SUGAWARA da Dell, com uma excelente visão mostrou uma perspectiva sobre os data lakes e nos fez refletir sobre o futuro. Como os silos de dados atrapalham, mas como querer enfiar tudo no data lake pode ser tão prejudicial quanto os silos.
Até aqui as palestras tinham muitos pontos em comum que falarei mais aidante, mas a partir desse ponto pareciam palestras realmente complementares, pois GUILHERME AUGUSTO LOPES FERREIRA, falou de forma entusiasmada sobre a evolução das arquiteturas de dados e como elas possuem semelhanças com os tradicionais DWs. Notem que o assunto é complementar ao do RICARDO SUGAWARA
Por fim, pelo menos para mim, pois precisava pegar um voo de volta para o Rio de Janeiro, a última palestra deste magnífico evento que eu assisti foi a do RICARDO FERREIRA, que trouxe grandes esclarecimentos para toda comunidade de dados sobre qual é o papel do incrível Kafka nisso tudo. Inclusive mostrando que em alguns momentos os palestrantes anteriores poderiam ter resolvido mais problemas com o Kafka, mas usaram apenas parte dele e outras ferramentas complementares para executar uma tarefa já nativa do kafka.
O Que Tinha Em Comum Entre Todas as Palestras
1 – AI – Há um enorme movimento de evolução das técnicas de AI, ML, DL, entre outros. Todas, eu disse todas as palestras mencionaram usar AI para solucionar problemas reais.
2 – Uso de Open Source – AgiBank e Santander não foram os únicos a escolher o open source como padrão de suas soluções. Não me recordo ao certo agora quem falou exatamente, mas um dos palestrantes afirmou que ao ser questionado sobre as tecnologias open source usadas, respondeu da seguinte forma: “Não é que não estamos olhando para esta plataforma, mas é que estamos olhando para todas essas outras” ou algo assim rs.
3 – Cloud – já está mais que claro que a preferência de todas as organizações é levar tudo para cloud. Até mesmo a Cloudera teve de comentar um post que existe no blog do evento falando sobre a morte do Hadoop e dizer que ele não morreu e que a aposta da Cloudera para nuvem é o Cloudera Data Plataform.
4 – Não ao uso de plataformas únicas – Ainda não estou certo se é pelo fato de não existir uma realmente eficaz ou se essa é a tendência, mas eu prefiro acreditar que seja a tendência natural, pois concordo com isso. Em todas as soluções que pude observar, nenhuma usava uma plataforma única de um grande fabricante, mas sim a aplicação de cada software específico e otimizado para cada papel dentro da solução de dados.
Deixo aqui meu agradecimento especial e minhas congratulações ao EDUARDO MIRANDA pelo evento magnífico!
Agradeço e deixo meus aplausos a todos os palestrantes por compartilharem suas experiências conosco.
Aplausos especiais ao Mestre de Cerimônias FRANCISCO ROSA que foi simplesmente o destaque do evento. Com carisma e humor na medida certa soube conduzir o evento de forma leve e divertida. Espero vê-lo na próxima edição do #BDWSP