Certo dia, durante uma aula do meu MBA, um professor contou um “causo” onde, devido a um procedimento de compra adotado pela empresa que trabalhava (segundo ele chamado de compra sinérgica), o projeto dele iria atrasar alguns meses. Porém os responsáveis pela imposição em adotar este procedimento, não sabiam que a companhia pagaria multa astronômica diária por atraso na entrega.
Quando meu professor procurou saber do setor de compras como andava o processo de aquisição de seu projeto, o mesmo foi informado sobre a tal “compra sinérgica” e o tempo que levaria até o produto ser adquirido. Neste momento ele começou uma verdadeira “peregrinação” para informar o prejuízo que poderia trazer a adoção de tal procedimento naquele momento.
Segundo meu “amado mestre”, ele foi subindo o nível da discussão desde a pessoa responsável pelas compras até o presidente da multinacional, um espanhol que se reuniu com ele em conferência a partir da Espanha. Sempre mantendo tom educado e tomando um “esporro” no início de cada conversa por incomodar diretores tão importantes com assuntos operacionais ele manteve a inteligência emocional, tomou “esporro” até em espanhol, e finalmente conseguiu que alguém entendesse a magnitude do problema.
O resultado foi bom para ele, pois conseguiu manter o projeto em dia e ruim para todos os outros “diretores importantes” que tomaram “esporro” de cima para baixo.
Mas tudo isso é apenas uma introdução para a situação que enfrentei hoje e que me motivou a escrever este artigo, mesmo antes do novo artigo sobre PM Canvas que pretendo postar.
Atualmente meu gestor nomeou uma pessoa que nunca estudara sobre projetos para ser líder de projetos no meu setor, desde então o tal “líder” tem tido uma postura um tanto arrogante com os colegas.
Hoje, durante minha explanação para uma cliente que pedira para esclarecer uma dúvida, ele me interrompeu afirmando que o que eu estava dizendo estava errado e pouco propenso a ouvir minhas considerações saiu falando grosso. Aguardei um minuto (inteligência emocional) e o fiz lembrar do conceito por trás da explanação. Foi quando o arrogante “líder” se deu conta que estava equivocado. Não me pediu desculpas, mas reconheceu que eu estava certo e isso já me é suficiente.
Lembrem-se, antes de esbravejar, debater ou discutir, use sua inteligência emocional, respire e dê tempo até que a pessoa que está tentando te tirar do sério desista.
Até o próximo post 😀